A Câmara Técnica das Regiões Metropolitanas do Eixo Brasília-Goiânia, uma das mais importantes do Codese-DF, aprovou ontem moção de trabalhar em união com o Codese-GO, e os governadores do dois estados, para reativar o programa RIDE (Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno), criado em 1998 pelo governo federal. O programa, que nunca saiu do papel, foi considerado indutor de um processo de integração entre Brasília e Goiás capaz de produzir desenvolvimento para a região, que tem mais de 4,4 milhões de habitantes.
A Câmara tem quatro gestores, sendo dois de Brasília (Luiz Carlos Botelho Ferreira e Afonso Assad) e dois de Goiás (Adair Ribeiro Carneiro Sobrinho e Carlos Alberto Moura), tem representantes das Secretarias da Fazenda (Marcia Robalinho) e Desenvolvimento (Espedito Henrique Jr) do GDF, Wesley Bento (OAB-DF), Simão Cirineu- representante do governo de Goiás, e vários outros membros representando entidades empresariais e a sociedade civil organizada.
Luiz Carlos Botelho, presidente do Sinduscon, salientou a necessidade de o Codese trabalhar de forma aglutinadora para apresentar propostas de desenvolvimento que garantam um processo longo e eficiente de desenvolvimento para a região da Ride. Mas, lembrou, deve ainda lutar junto com os governos dos estados para garantir uma legislação que permita a integração das regiões metropolitanas de Brasília e Goiânia. É importante que se encontre formatos para a equalização fiscal que respeite as necessidades de cada unidade, salientou.
A reativação da Ride foi considerada essencial para que este processo tenha sucesso. A Câmara Técnica sugeriu uma reunião com os governadores do DF e Goiás e o ministro da Integração Nacional, pedindo a reativação da Ride.
Os problemas de Brasília e Entorno são os mesmos e devem ser enfrentados com união entre os estados, com gestão compartilhada com a sociedade civil organizada, salientou Luiz Carlos Botelho. O Codese (do DF e de Goiania) tem capacidade e autoridade para, junto com os governos, encarar as dificuldades e encontrar soluções para a melhoria da qualidade de vida da população a curto, médio e longo prazo. É importante que a sociedade assuma compromissos de gestão, que hoje é de responsabilidade exclusiva do poder público. Sociedade e governos, unidos, podem gerar um cinturão de economia forte, onde hoje prevalece o desalento, concluiu