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Educação, esporte e cultura – essenciais para a formação da juventude

O futuro saudável da população começa na infância
16/08/2018
FONTE: Alan Rones

          O DF enfrenta vários desafios, praticamente em todas as áreas que impactam o cotidiano da população. Em um, porém, o desafio é mais preocupante: como garantir qualidade de vida para as novas gerações? Se as providências não forem tomadas a sério e a curto prazo, perpetua-se um círculo negativo impossível de ser interrompido. A infância saudável é o único alicerce incorruptível da cidadania, garantem as evidências científicas,  
      As Câmaras Técnicas do Codese – saúde, educação, esporte e cultura- interligadas no mesmo objetivo, ocupam um espaço importante no documento “o Df que a gente quer”,. Como todas as propostas, a formação sadia das futuras gerações é garantia de um futuro mais saudável para a vida do cidadão brasiliense, desde a infância.
Educação
            Para a professora Eda Coutinho, gestora da CT de Educação, os desafios da educação básica são gigantescos, desde a formação dos professores, pois a qualidade do ensino está intrinsicamente ligada à valorização do corpo docente. As estatísticas demonstram que, nos anos iniciais do ensino fundamental, apenas 58,3% dos professores de matemática e 65,5% de português têm adequada formação. Não existe possibilidade de melhoria da qualidade do ensino sem um esforço concentrado na formação e qualificação dos nossos professores, adverte.
           É preciso estimular a formação profissional dos jovens durante o ensino médio, dando-lhes dimensão profissionalizante e prática, contribuindo para reduzir a evasão escolar. A integração efetivada do ensino médio com o técnico, estabelecido a partir da base comum do eixo tecnológico, irá contribuir decisivamente para a tornar o ensino médio mais atraente. Brasília pode e deve ser um grande exemplo de oferta de cursos técnicos de qualidade, beneficiando a sua população jovem, reduzindo o desemprego e com o aumento de produtividade de nossos setores produtivos, prevê Eda.
Esporte
           A prática esportiva é o melhor caminho para dar oportunidades a todos de terem uma vida mais sadia e uma cultura de prevenção dos desvios muito comuns nos tempos atuais. Mas, sua eficácia exige que esta prática seja integrada à saúde, educação e à cultura, gerando oportunidades de transformação e formação de novas gerações sadias – física e eticamente. Ricardo Vidal de Oliveira, diretor executivo do Instituto Joaquim Cruz e gestor da Câmara Técnica de Esporte, diz que as políticas públicas, se bem orientadas e implantadas, podem garantir que a prática do esporte seja impactante na melhoria e desempenho escolar e na segurança dos jovens.
            O clube dos DescalSOS”, que trabalha com jovens de 10 a 17 anos no Recanto das Emas, é um exemplo de como o esporte pode fazer com que jovens se tornem cidadãos e medalhistas. Fundado por Manuel Evaristo, começou operando na terra batida, formando atletas. Joaquim Cruz, nosso medalhista olímpico, foi o primeiro a ajudar o clube, trazendo dos Estados Unidos tênis seminovos para os atletas. Foi um salto: o clube formou jovens talentos e, hoje, com o apoio da Caixa Econômica apresenta um naipe de medalhistas, inclusive internacionais. Este e outros projetos que nascem da vontade de alguns poucos vêm transformando as comunidades carentes.
Cultura
         As cidades satélites – palco de manifestações culturais mais inclusivas e diversificadas, não têm espaço para valorizar suas artes. Mesmo sabendo das dificuldades para propor soluções para as políticas públicas no DF, a CT da Cultura acredita que a força da população vai impulsionar um novo surto criativo na cidade.
              A transformação social da juventude da periferia vai acontecer a partir da ocupação dos espaços públicos para a prática de atividades saudáveis e lúdicas, das manifestações artísticas, da cultura urbana, música, dança, esporte, educação, comunicação comunitária e empreendedorismo social. Para o gestor da Câmara Técnica de Cultura, Antônio de Pádua, a falta de recursos públicos é impedimento para a criação dos centros culturais. Ele aponta para uma única e salvadora saída, a Parceria Público Privada, que pode garantir, com as oficinas de formação, o desenvolvimento da cultura como vetor de transformação social para os jovens da periferia. 

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