De 15 a 17 de maio aconteceu a 91ª edição do Encontro Nacional da Construção "ENIC", no Windsor Expo Convention Center, Rio de Janeiro. O evento reuniu empresários, acadêmicos, estudantes, integrantes de entidades representativas e do governo.
Sustentabilidade
O Codese destaca a Comissão de Sustentabilidade que abordou os desafios e experiências de IOT e smart cities no mundo para o Brasil. Josep Miguel Piqué, presidente do Parque de Inovação La Salle Technova e Edson Yabiku, arquiteto, urbanista e gerente de projeto discorreram sobre o papel das novas tecnologias nas cidades, nos ecossistemas, nas empresas e sociedades.
O desafio de preparar o setor da construção civil para atuar com as novas tecnologias como sensores da Internet das Coisas (IoT), em que objetos do dia a dia se conectam à internet. Preparar as edificações novas e existentes para se conectar às cidades inteligentes, atender as expectativas do mercado imobiliário e aos compromissos com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) também foram discutidos. O debate foi mediado por Sílvio Barros coordenador do projeto “O Futuro da Minha Cidade”.
Segundo Josep Piqué, uma cidade inteligente é aquela que aproveita as tecnologias da informação e da comunicação para transformar as questões da água, energia, mobilidade, resíduos, a economia e a sociedade. “As cidades eficientes nos permite saber o uso dos ativos e maximiza o tipo de atividades que podemos utilizar. Uma atividade pode ser compartilhada ou um ativo como um edifício, uma casa, um coworking ou cohouse”.
Josep trouxe como exemplo a cidade de Barcelona, líder no movimento das cidades inteligentes. “Atualmente Barcelona tem mais de 90 mil trabalhadores e oito mil empresas trabalhando na economia do conhecimento, mais de 200 mil pessoas que vivem diretamente conectadas na nuvem”, afirmou Piqué.
O Brasil é um país de oportunidades, a nível tecnológico tem referência de muitos cursos de tecnologia e segundo Josep Pyqué, está aprendendo muito bem como utilizar as tecnologias para o desenvolvimento econômico. “Curitiba tem uma ação muito interessante incorporando as tecnologias em sua gestão. Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre estão vendo como é importante desenvolver distritos inovadores”. De acordo com Pyqué, há modelos de smart cities, mas cada cidade deve desenvolver e aplicar seu próprio modelo.
Para o arquiteto Edson Yabiku, as cidades planejadas colocam as pessoas no centro. “São cidades atrativas, jovens e dinâmicas em que as pessoas gostam de morar e participam das decisões. Essa participação traz a sensação de pertencimento e criam responsabilidade pela cidade”. Para absorver essas ideias é preciso mudar os hábitos. “Na minha opinião os hábitos é que fazem as cidades ficarem smart (inteligente)”, afirmou o urbanista.
Para receber as “smart cities “ ou cidades inteligentes, Yabiku destaca que é necessário o desenvolvimento conjunto entre a governança, transparência envolvendo o cidadão e as indústrias. “É um passo muito certo em direção a uma cidade inteligente, uma cidade que seja feliz e faça as pessoas felizes, é isso que é o coração, o objetivo de todo esse exercício”.
A programação contou com oito comissõe.:
A comissão de Indústria Imobiliária e Habitação de interesse social e Jurídico apresentou aspectos para a simplificação dos procedimentos no licenciamento ambiental de empreendimentos do setor da construção civil e analisaram o futuro do mercado imobiliário.
Especialista em relações trabalhista destacaram a mediação e arbitragem no direito do trabalho, especialmente MEI/autônomos, terceirização e contrato por obra certa, com informações sobre o correto uso dessas formas de contratação. A comissão de responsabilidade social lançou a Plataforma de Educação a Distância (EAD) da CBIC e discutiu o papel do seguro no apoio ao Empreendedor Social e a Ética e compliance na indústria da construção: transformando valores em ações.
O desenvolvimento de parcerias público-privadas (PPPs) em presídios, oportunidades para projetos em municípios e as garantias aos financiamentos de infraestrutura foram temas da comissão de Infraestrutura. Em painel conjunto, a comissão de Inovação discutiu as novas tecnologias desenvolvidas para a indústria da construção, que conduzem à maior segurança e qualificação das atividades e, por consequência, os desafios para gestores, trabalhadores e empresas diante das exigências de novos conhecimentos, habilidades e atitudes frente aos novos tempos.
A proposta da comissão de Obras industriais de ampliar o debate sobre a valorização da engenharia e quesitos técnicos nos planejamentos dos projetos apresentou case real onde a gestão compartilhada e a inovação foram determinantes para o sucesso.
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