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As cinco camadas das cidades inteligentes

O envolvimento das pessoas é o ingrediente mais importante para o desenvolvimento de uma cidade inteligente, de acordo com relatório da OCDE.
21/11/2019
FONTE: ZDNet

 A descoberta de caminhos para tornar uma cidade brasileira inteligente enfrenta diversos desafios. “O Brasil ainda está engatinhando nesta área de cidades inteligentes, fundamentalmente, porque ainda falta estrutura tecnológica nas cidades”, aponta André Gomyde presidente do Instituto Brasileiro de Cidades Inteligentes e Humanas (IBCIH). 

 

Fundado em 2013, o instituto conta com gestores, especialistas e pesquisadores que trabalham no tema desde 2010.” Em nove anos acumulamos uma experiência extraordinária em políticas públicas para cidades inteligentes e hoje sabemos exatamente onde estão seus gargalos e suas soluções”, explica Gomyde. 

 

O instituto tem um plano mestre para auxiliar cidades brasileiras  o passo a passo, por meio de uma plataforma de gestão, a implantação de cidades inteligentes, coordenada por Antonio Fernando Doria Porto. “Estamos prontos para ajudar as cidades nesse caminhar, bem como para ajudar o governo brasileiro a elaborar um Plano Nacional de Cidades Inteligentes”, afirma o presidente.. 

 

Plano Nacional de Cidades Inteligentes

Segundo Gomyde, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) com apoio também do instituto tiveram a iniciativa de desenvolver um Plano Nacional de Cidades Inteligentes, com o papel de orientar prefeitos e instituições na construção de cidade inteligentes. “É uma jornada, levam no mínimo 20 anos para se concretizar”, destaca Gomyde.  O Ministério do Desenvolvimento Regional também tem elaborado uma carta aos brasileiros para explicar o objetivo do plano, quais são as fontes de recursos, onde tem tecnologias que podem ser aplicadas, com foco em aspectos urbanísticos e desenvolvimento social, acrescenta. 

 

O presidente avalia que o envolvimento das pessoas é o ingrediente mais importante para o desenvolvimento de uma cidade inteligente, de acordo com relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), organização internacional dos 36 países mais desenvolvidos do mundo, considerado o clube dos países ricos.

 

Cinco camadas 

Para Gomyde, uma cidade inteligente é muito mais do que uma cidade tecnológica, ou digital, porque trabalha todos os seus aspectos urbanos, ambientais, econômicos, de gestão, e principalmente sociais. “Cidade inteligente é aquela que tem inteligência na gestão púbica fazendo o melhor possível para que a sociedade alcance qualidade de vida e um índice de felicidade muito alto, gastando o mínimo de recursos possível. E pra chegar lá tem que passar por todas as camadas”, afirma. 

 

Pessoas

De acordo com Gomyde, a primeira camada, e a mais importante, são as pessoas. “Para se fazer uma cidade inteligente, é preciso primeiramente entender como vive a população naquela localidade, como se organiza, quais são suas vocações, problemas e expectativas com o futuro”. Para isso, existe uma metodologia chamada Laboratórios Vivos, que integra poder público, setor produtivo, entidades de classe, entidades sociais e população em geral, criando as conexões necessárias para um Plano Mestre de Cidade Inteligente que integre as demandas para gerar sinergia e eficácia nos resultados. A Economia Criativa, um dos principais motores econômicos neste século XXI, precisa ser estimulada e apoiada, para gerar novos negócios e para melhorar o índice de felicidade da população, destaca Gomyde.

 

Subsolo

A segunda camada é o subsolo da cidade. Gomyde explica, é fundamental que a cidade monte seu Plano Diretor de Subsolo, entendendo como funciona e por onde passam suas redes de água, esgoto, telefonia, energia, fibra ótica, etc. “A construção de galerias técnicas, com tubulação sensorizada, é importante para que haja uma conexão com soluções tecnológicas que podem baratear os custos de manutenção do sistema do subsolo”, afirma o presidente. A cidade também deve oferecer avanços em serviços, como coleta de lixo inteligente, bueiros inteligentes, fornecimento de água quente e de ar condicionado pelo subsolo, podendo até mesmo serem criados centros distritais de distribuição de água quente e de ar condicionado, gerando enormes economias e sustentabilidade ambiental.

 

 Solo 

A terceira camada é o solo, aponta Gomyde. “A cidade deve se organizar para ter em cada localidade moradia, trabalho, educação e diversão, de uma maneira que se evitem grandes deslocamentos, combinado com um plano urbanístico que consiga contemplar o conceito de que tudo o que as pessoas fazem diariamente esteja a no máximo 5 minutos a pé”. De acordo com Gomyde, é necessário estimular a utilização de transportes coletivos, implantar estacionamentos rotativos, arrumar calçadas, com acessibilidade e privilegiar ciclovias compartilhadas entre modais como bicicletas, patinetes, skates, patins, etc. Também é importante alterar Plano Diretor da Cidade, para que as novas construções sejam feitas com sistemas inteligentes, com captação de água da chuva, com reuso de água, com sistemas solares para aquecimento de água e para geração de energia fotovoltáica, dentre outras coisas. “Enfim, pensar a cidade como um sistema integrado e sustentável”, completa.

 

 Infraestrutura tecnológica

A quarta camada é a infraestrutura tecnológica. Uma infraestrutura tecnológica adequada para uma cidade inteligente é composta de um parque de iluminação inteligente, uma rede de fibra ótica, e uma central de operações da cidade, destaca Gomyde. “Pelo parque de iluminação também se pode levar WiFi, com internet, para toda a população e fazer a gestão de muitas soluções tecnológicas de cidade inteligente. A rede de fibra ótica é importante para que haja a transmissão e o compartilhamento de dados, levando esses dados até a central de operações, onde esses dados são cruzados e trabalhados para que haja inteligência na gestão pública, que deve ser eficiente e eficaz”, afirma.

 

Internet das Coisas

A quinta camada é a plataforma de IoT (Internet das Coisas), em que a inteligência artificial trabalha os dados, emitindo relatórios gerenciais para a gestão da cidade, atuando na gestão de todo o complexo tecnológico da cidade, como o sistema semafórico inteligente, a segurança pública, a educação, a saúde, e etc.

 

Para o presidente do Instituto Brasileiro de Cidades Inteligentes e Humanas, uma Cidade Inteligente trabalha as cinco camadas, não necessariamente uma após a outra, mas paralelamente e de forma integrada. “Somente com um Plano Mestre de Cidade Inteligente a gestão pública pode acertar neste caminhar, evitando que as tecnologias invadam as cidades de maneira desorganizada e sem interoperabilidade. Sem trabalhar as cinco camadas, a cidade poderá ser digital, ou sustentável, mas nunca inteligente. A Cidade Inteligente é, na verdade, a mãe das cidades digitais e sustentáveis”, completa Gomyde.

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