Ricardo Vidal de Oliveira, diretor executivo do Instituto Joaquim Cruz (que já assistiu a 12 mil jovens em Brasília), administrador de empresa com pós-graduação na Fundação Getúlio Vargas, é o gestor da 19 ª Câmara Técnica do Codese, a de Esporte, Atividade Física e Lazer, que desde fevereiro vem atuado juntamente com membros da câmara.. Atleta, medalhado em várias competições nacionais e internacionais, Ricardo acredita que poderá contribuir efetivamente, agregando várias parcerias para a construção de políticas públicas voltadas para o esporte, participando ativamente da formação dos jovens de Brasília.
A prática esportiva é um bom caminho para dar oportunidades aos jovens de ter uma vida mais sadia. É uma cultura de prevenção dos desvios muito comuns nos tempos de hoje. Mas, para ser eficaz e suficiente, é precisa que ela seja integrada à educação, a saúde e a cultura, gerando oportunidades de transformação e formação de novas gerações sadias – física e eticamente- para um novo país, diz Ricardo. O papel dos governos é fundamental neste processo.
Políticas públicas de Estado, se bem orientadas, podem garantir que a prática do esporte seja impactante na melhoria do desempenho escolar, na saúde e, principalmente na segurança, em todas as camadas sociais que almejam melhores condições de vida. O exemplo da Austrália é dado como exemplar: investimentos em infraestruturas integradas de escolas, hospitais e áreas esportivas, principalmente a natação, tornar-se livre da asma e formou várias gerações de atletas altamente competitivos internacionalmente.
Em Brasília, este e tantos outros exemplos poderiam ser seguidos, salienta Ricardo, que vê no projeto do Codese, calcado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da ONU, o caminho para buscar, junto à sociedade e os governos, a construção de uma nova política para o esporte, como prevê a Constituição: “todo brasileiro tem direito a participar do esporte, atividade física e lazer”.
Ricardo, que se espelha no exemplo de Joaquim Cruz, o garoto de saiu de Taguatinga e tornou-se ídolo internacional, diz que o esporte pode ser o indutor da melhoria de vários indicadores sócios culturais. Para que isto se torne realidade, é imprescindível que o Estado também tenha políticas setoriais estáveis e que a população tenha acesso ao esporte, à saúde e à cultura, de preferência integrados.