Por ser um caso bem sucedido, com apenas um ano de existência, o Codese/DF já se tornou um bom exemplo para as novas instituições que vêm sendo implantadas em várias cidades. Jório Veiga e Andrea Hilaricki, representantes do Codese de Manaus, reuniram-se com o presidente Paulo Muniz e a secretária executiva do Codese/DF, Rosane do Valle, para trocar experiências, estruturar e formalizar a nova entidade. Em Manaus, como no resto do país, os Conselhos têm como patronos as classes produtoras e a sociedade civil organizada, e um único e apartidário princípio: propor medidas e projetos para tornar as cidades um lugar melhor para se morar.
Paulo Muniz salientou a importância que as novas entidades têm para com a sociedade – propondo projetos aos futuros governantes com metas que não se restrinjam a um governo, visando a promoção do desenvolvimento econômico, sustentável e estratégico, alinhadas às proposições das ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU. ”E esse comprometimento das autoridades só será atingido com a união de toda a sociedade Afinal, é o cidadão que paga a conta, cada vez mais cara, pois o Estado não está tendo condições de realizar as tarefas básica em benefício da coletividade”.
ODS é o norte das propostas
A vinculação de suas políticas com os ODS, salientou Muniz, é relevante e vem forçando os Estados a compartilharem as metas, segundo acordo assinado pelo Brasil com a ONU. Sem isto eles não terão condições de mensurar o que foi feito dentro do estabelecido no acordo e, não conseguem recursos internacionais para implantar os ODS, que é premissa para a captação de recursos externos e viabilizar suas propostas de desenvolvimento sustentável.
O presidente do Codese/DF, ressaltou, ainda, a importância de que todas as entidades assumam uma estratégia de comunicação eficiente para manter o colegiado comprometido e a população informada. De acordo com Muniz, a comunicação externa desperta o interesse da base social, ajuda a captar suas demandas e, principalmente, deixa o setor político em alerta; a comunicação interna mantém o Conselho e suas Câmaras Técnicas unidas e motivadas.
Segundo Veiga, no caso de Manaus, o grande problema está na subordinação da atividade econômica, que é ligada a apenas um segmento. “Queremos desenvolver a Zona Franca de Manaus, mas, paralelamente, desenvolver outras atividades econômicas que sejam vocacionais da cidade para minimizar essa dependência. Se a Zona Franca acabar, Manaus apaga a luz e fecha a porta”, admite.